Mulher trans e amiga relatam agressão na 16ª DP, em Planaltina
Duas moradoras de Planaltina afirmam terem sido agredidas na 16ª Delegacia de Polícia de Planaltina, no sábado (23), durante uma ocorrência envolvendo a lei Maria da Penha. A unidade policial, em nota, nega e afirma que as mulheres que iniciaram as agressões contra policiais.
Danny Silva, mulher trans, e a amiga dela, a líder comunitária Karine Lins, que é autista, foram até a DP acompanhar uma idosa que tinha sido ameaçada pelo próprio filho. Elas relatam que a senhora está com câncer e que o filho dela estava roubando casas na comunidade.
Ao chegarem na delegacia, Danny afirma que um dos agentes se irritou por ela estar no balcão. O policial teria chegado no local afirmando que “saiam daqui vocês dois”. Além disso, Danny teria sido agredida e levada para uma cela, onde teria sido obrigada a tirar a roupa.
Ela diz que um dos agentes filmou a situação e compartilhou com outras pessoas. Procurada pelo Plan News, a Polícia Civil afirmou que a corregedoria está apurando o caso de maneira imparcial. A corporação alega que as duas mulheres teriam iniciado as agressões.
“Na data em questão, as reclamantes, na condição de testemunhas de um crime de violência doméstica, compareceram a esta Delegacia. Durante o atendimento da ocorrência, elas apresentaram comportamento exaltado e agressivo em relação ao suposto autor do crime. “Como medida para restabelecer a ordem e dar continuidade ao procedimento, foi solicitado que as referidas aguardassem na área externa da sala de atendimento. As solicitantes, no entanto, tornaram-se mais exaltadas e investiram agressivamente contra os policiais civis de plantão, que sofreram lesões corporais”, destaca o comunicado.
A 16ª DP afirmou que “diante do exposto, elas foram autuadas em flagrante delito pelos crimes de desacato e resistência e que “um dos policiais feridos foi encaminhado a um hospital, onde recebeu atendimento médico adequado”. Por fim, a 16ª Delegacia de Polícia destacou, em nota, que “reafirma seu compromisso com a legalidade”.
Da redação
