Batalhão escolar de Planaltina está em situação crítica, dizem fontes
Integrantes da Polícia Militar ouvidos sob a condição de anonimato pela reportagem do Plan News afirmam que o Batalhão Escolar que atende Planaltina está em situação crítica. Uma das fontes relata que existe apenas uma viatura operacional para atender as 65 escolas públicas que funcionam na cidade. Além disso, o número de policiais é apontado como insuficiente para atender os milhares de alunos da cidade que tem quase 200 mil habitantes.
O Batalhão Escolar é responsável por proteger a entrada das escolas, além de atuar em casos de violência contra professores, estudantes e demais integrantes das equipes das unidades de ensino. A precariedade ocorre em meio a casos de violência na cidade.
No mês passado, no Vale do Amanhecer, um professor do Centro de Ensino Educacional Vale do Amanhecer, foi agredido em uma parada de ônibus após tomar um celular de um aluno. Lei federal impede o uso do aparelho em sala de aula.
Em agosto do ano passado, um aluno invadiu uma escola na Estância Mestre D’armas e fez uma professora refém. Ele estava armado com uma faca e o sequestro terminou apenas depois da intervenção das forças de segurança.
Procurada pela reportagem, a Polícia Militar informou que a missão do Batalhão de Policiamento Escolar (BPEsc) é “promover a segurança e o bem-estar por meio do policiamento ostensivo e preventivo, visando inibir a prática de atos ilícitos com repressão imediata da criminalidade e da violência, bem como garantir segurança e tranquilidade à comunidade escolar da rede de ensino pública e particular do Distrito Federal, baseando-se nos direitos humanos e na participação comunitária.”
630 mil estudantes
A corporação alega que o Batalhão Escolar atende “direta e indiretamente a comunidade escolar que hoje compreende um universo de 1.647 (um mil, seiscentos e quarenta e sete) escolas e cerca de 630 mil estudantes, além do corpo docente, corpo diretivo e demais servidores das unidades distribuídas em todas as 33 (trinta e três) Regiões Administrativas do DF”.
A PM afirma “que o quantitativo de policiais e viaturas varia de acordo com vários fatores, dentre os quais, os dias e horários, natureza dos eventos que estejam ocorrendo ou que tenham previsão de ocorrer, o ânimo ou perfil do público a ser atendido pelo policiamento, dentre outras variáveis”. Sobre a falta de policiais e viaturas na cidade, a Polícia Militar afirma que “além do efetivo diário escalado ordinariamente, o policiamento é reforçado diariamente por efetivo em serviço voluntário gratificado”.
“Periodicamente, o policiamento também recebe reforço por de efetivo empregado na deflagração das operações escolares (Operação Escola Segura, Operação Varredura e Operação Bloqueio Escolar), conforme a necessidade de cada localidade”, completa a nota enviada à reportagem.
Da redação
