Supercomputador vai acelerar investigações da Polícia Civil do Distrito Federal
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está em processo de aquisição de uma nova solução de informática que elevará as perícias realizadas pelo órgão à um novo patamar de excelência. Trata-se de um supercomputador de capacidade muito superior à dos atuais, o qual, quando estiver em pleno funcionamento, terá condições de fazer processamentos mil vezes mais rápido do que o maquinário atualmente utilizado na instituição.
Os recursos para a aquisição do supercomputador são de emenda parlamentar do deputado Thiago Manzoni no valor de R$ 1,7 milhão, destinada à modernização e reequipamento da Polícia Técnica da PCDF.
Composto por hardware e software, o equipamento terá 128 núcleos de processamento, 156 terabytes de armazenamento, 1,5 terabyte de memória RAM. Para se ter uma ideia, computadores de mesa atuais têm, em média, até oito núcleos processadores, HD de um terabyte e memória RAM entre seis e oito gigabytes.
O dispositivo será adquirido para o Instituto de Criminalística (IC/PCDF) e se destinará ao processamento de vestígios de informática de grande monta. “Tem sido comum, especialmente em operações de destaque, a apreensão de inúmeros equipamentos eletrônicos, como celulares, computadores e pen drives. Atualmente, os vestígios neles recolhidos são processados isoladamente, o que demanda muito tempo e gera muita informação isolada”, explica o diretor o IC/PCDF, Fábio Braga.
Com a nova máquina, os dados passarão a ser processados em conjunto, fornecendo respostas mais rápidas e mais completas, viabilizando a conexão entre as informações apuradas. Com isso, haverá ganho de eficiência para o trabalho pericial e, por consequência, para a investigação policial.
Fábio Braga conta que a nova solução tecnológica servirá como Central de Guarda e Custódia de Vestígios de Informática e irá se conectar ao Projeto IC-4D, que é a virtualização dos locais de crime. “Com o uso de escâneres e drones, o IC vai virtualizar os locais de crime, possibilitando uma espécie de ‘visita ao museu guiada’. Dessa forma, ao invés de ler um laudo pericial, o usuário poderá entrar virtualmente na cena do crime a qual está analisando”, revela.
Segundo o diretor do IC, considerando que atualmente em quase toda ocorrência ocorre a apreensão de pelo menos um equipamento eletrônico, como um celular, praticamente qualquer investigação poderá ser beneficiada com o novo equipamento, mas em especial as que tratam de crimes contra a vida, os de natureza econômica e financeira, e até mesmo os de pedofilia.
Agência Brasília