Alexandre de Moraes mantém a prisão preventiva de Anderson Torres
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a prisão preventiva do ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres – detido desde janeiro acusado de participação nos atentados em Brasília. O magistrado negou um pedido da defesa de Torres.
No pedido enviado ao Supremo, a defesa de Torres afirma “que dos 2.151 presos nas investigações dos atos do dia 8/1/2023, somente 263 continuam segregados”, ou seja., ainda presos. Os advogados afirmam ainda que ele não oferece risco de interferir nas investigações.
Os advogados alegaram ainda “que a prisão deve ser analisada à luz do princípio da proteção à família, sendo o requerente casado, pai de 3 (três) filhas, todas menores impúberes, que passaram ‘a receber acompanhamento psicológico, com prejuízo de frequentarem regularmente a escola’.
O ex-secretário afirma ainda que “entrou em um estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos”. No entanto, para Moraes, os crimes praticados pelo investigado são de elevada gravidade. ” A prisão preventiva de Anderson Gustavo Torres foi decretada como medida razoável, adequada e proporcional para garantia da ordem pública com a cessação da prática criminosa reiterada e de novos planos ilícitos para a quebra da normalidade democrática”, diz Moraes.
O ministro afirma ainda que somente após mais de 100 dias dos atentados de 8 de janeiro, em Brasília, Torres, que também é ex-ministro da Justiça, forneceu as senhas de acesso ao aparelho celular, demorando para colaborar com as investigações. “Nesse momento da investigação criminal, a razoabilidade e proporcionalidade continuam justificando a necessidade e adequação da manutenção da prisão preventiva de Anderson Gustavo Torres”, completa Moraes.